Dromocracia, na verdade uma Dromominância

Dromocracia ou Democracia Digital é um tema interessante. Graças ao imediatismo promovido pela internet, todas as pessoas querem se sentir bem inseridas no sistema, sistema que deveria ser democrático e todos pudessem ter direito de resposta a toda a informação, e tem. O problema é que, graças a não exigência da exposição pessoal, muitas pessoas não revelam suas identidades reais e acabam se passando por pessoas anônimas e fictícias.

O caso dos flash mobs não se exclui da conversa, graças a esses "manifestos virtuais" muitas pessoas mostram uma revolta e se mobilizam rapidamente contra um determinado acontecimento. A exemplo disso temos o caso de 1968 na França, quando estudantes de uma universidade local se revoltaram contra o veto do psicanalista Wilhelm Reich em uma palestra que ele realizaria na universidade. O resultado do protesto foi o domínio da instituição por parte dos alunos.

O caso acima reflete o quão poderoso pode ser um protesto virtual se usado com ética. Em comparação aos movimentos virtuais de hoje, a dromocracia tem dado um grande salto pois graças ao maior desenvolvimento tecnológico e o barateamento dos aparelhos e da própria internet, mais pessoas conseguem se aderir a um movimento virtual (flash mob). É um caso bastante comum nas redes sociais hoje em dia, que se mostram bastante eficientes ao se tratar de reunir pessoas para um bem comum. Sobre esse fato, o doutor em comunicação Eugênio Trivinho afirma, "As redes sociais são um termômetro da necessidade de compensação de um processo de solidão que ficou mais intenso hoje em dia."

Em contrapartida, também é muito comum se notar nas redes sociais o cyberbullying. Esse tipo de atitude se baseia na maneira de se retratar a uma pessoa (um perfil nas redes sociais) de forma agressiva, difamando e exibindo publicamente fotos que ferem psicologicamente o indivíduo. O fato de agredir não é proibido, mas vale salientar que deve-se primeiramente expor suas informações para que a pessoa agredida tenha direito de resposta. Eugênio Trivino acha que, com o avanço tecnológico das redes sociais, o homem está cada vez mais condenado à eterna exclusão.

A tendência é que o avanço tecnológico nas redes sociais cresça ao longo dos anos. A dromocracia, apesar de ser uma proposta positiva veio se mostrando falha e muitas pessoas estão saindo ilesas após cometerem um delito. Espera-se que com o passar dos anos os responsáveis por esses atos e os criadores das redes sociais se conscientizem e passem a exigir a identificação real dos usuários.


VEJA NOSSAS REDES SOCIAIS -> www.twitter.com/cuidandodojorna e www.facebook.com/#!/pages/cuidando-do-jornalismo/246280138739686 :)